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Artigo Apresentado no I CEPE
A FORMAÇÃO DE
PROFESSORES E AS EXPERIÊNCIAS NO PIBID
Brenner Martins Alves1, Géssica Santos
Ferreira1, Hudson Alves Pereira da Silva1, Kamylla
Rodrigues de Jesus1, Marcelo de Paula Santos1, Simone
Silva Nascimento1, Jovanyr Ribeiro da Silva2, Gilberto
Celestino dos Santos3, Fátima Sueli Marcon dos Santos4.
Resumo:
O Processo de formação inicial de
professores, principalmente para o Ensino Fundamental e Básico, exige demandas efetivas
de qualidade e competências na realização de múltiplas atividades educacionais.
Nesse sentido, o Governo Federal, tomando iniciativas para o aperfeiçoamento e
a valorização da formação de professores para a educação básica, institui
através da Capes, o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência –
PIBID, desenvolve numa parceria com a Universidade Estadual de Goiás - Campus
de Quirinópolis através do subprojeto de geografia, uma nova alternativa de
abordagem na construção de atividades educacionais, tanto para a formação
acadêmica dos graduandos em Licenciatura, quanto para os alunos da educação
básica. Neste contexto, a UEG/Quirinópolis realiza parceria com o Colégio Lauro
Jacintho da Silva, com objetivo de introduzir nova relação professor/aluno e
oferecer ao licenciando uma formação profícua para a docência, socializando
conhecimentos e adquirindo domínio didático-pedagógico das práticas da docência
na Educação Básica na Rede Pública de Ensino.
PALAVRAS-CHAVE:
Formação. Docência. Ensino.[1]
Introdução:
O
Processo de formação de professores através dos cursos de Licenciatura,
voltados para o exercício da docência no Ensino Fundamental e Básico, exige
demandas efetivas de qualidade e competências para a realização das múltiplas
atividades educacionais.
Nesse
sentido, o Ministério da Educação, tomando iniciativas para o aperfeiçoamento e
a valorização da formação de professores para a educação básica, institui
através da Capes, o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência –
PIBID, que é desenvolvido numa parceria com a Universidade Estadual de Goiás -
Campus de Quirinópolis através do subprojeto de geografia, objetivando a
formação plena dos docentes para o exercício da docência na Educação Básica,
colocando em prática metodologias que facilitam a aprendizagem e aproximação dos
alunos do professor supervisor e dos bolsistas que atuam na escola campo,
apresentando novas alternativas de abordagens na construção de atividades
educacionais, tanto para a formação acadêmica dos graduandos no Curso de Licenciatura,
quanto para o aluno da educação básica.
Neste
contexto, a UEG/Quirinópolis atendendo a finalidade do subprojeto
PIBID/Geografia realizam parceria com o Colégio Lauro Jacintho da Silva, promovendo a plena inserção dos estudantes no contexto
das escolas públicas desde o início da sua formação acadêmica.
Objetivos:
Caracterizar e avaliar a inserção,
através do PIBID, dos licenciandos no cotidiano da Educação Básica através da
escola da rede pública, que proporcionam-lhes oportunidades de criação e
participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de
caráter inovador e interdisciplinar, incentivando a formação inicial dos
docentes em nível superior e promovendo a integração entre educação superior e
educação básica, contribuindo para a valorização do magistério e a articulação
entre teorias e práticas necessárias à formação do docente, elevando a
qualidade das ações acadêmicas no curso de licenciatura.
Metodologia:
As atividades do Programa PIBID/Geografia
no Campus de Quirinópolis é desenvolvido, primeiramente, através de duas (2)
reuniões semanais com quatro (4) horas de duração, onde ocorrem o planejamento
das atividades, o processo de execução e as posteriores avaliações de
resultados, mensalmente ocorrem reuniões na Escola Campo para ajustes das
atividades e dos procedimentos na execução.
Com a inserção dos
acadêmicos do Curso de Geografia como bolsistas do PIBID no contexto da Escola
Campo - Colégio Lauro Jacinto da Silva, e de um amplo projeto de intervenção
pedagógica, inicia-se o acompanhamento diário das atividades escolares do
oitavo e nono anos do ensino fundamental, desenvolvendo oficinas pedagógicas em
sala de aula, trabalhos de campo, reforço escolar e acompanhamento individualizado
por atividades temáticas, realização de amostras e visitas técnicas, produzindo
grande feedback para a formação acadêmica para os bolsistas.
Resultado:
A
execução do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, que tem
por objetivo
é estimular a aprendizagem dos alunos da escola parceira, ou seja, buscando
motivar os estudantes do ensino fundamental, transformando a sala de aula num
ambiente atrativo, com conteúdos apresentados de forma interativa, com uso de
tecnologias que facilitam a exposição feita pelos acadêmicos bolsistas do Curso
de Geografia e a assimilação por parte dos estudantes do Ensino Fundamental, como
público alvo deste Projeto.
Estimular
a aprendizagem buscando motivar os estudantes do ensino fundamental, transformando
a sala de aula num ambiente atrativo é um desafio, onde a desmotivação para a
permanência na escola é tão grande quanto a desmotivação para a aprendizagem.
Para Libâneo, (2004,
p. 114), “a tarefa das
escolas e dos processos educativos é desenvolver no sujeito que aprende a
capacidade de aprender, em razão das exigências postas pelo volume crescente de
dados acessíveis na sociedade e das redes informacionais”.
A escola, face a suas dificuldades de
transformar-se em num espaço atrativo, por diversos fatores estruturais,
políticos e até didático-pedagógico, remetendo para a formação de professores
uma grande parcela de responsabilidade pelo status atual não só da escola, mas
da educação em seu sentido lato. Libâneo,
(2004, p. 114) “a necessidade de tratar com um mundo diferente e, também, de educar a
juventude em valores e ajudá-la a construir personalidades flexíveis e
eticamente ancoradas” recai sobre os processos formativos e as escolas, que
geralmente não estão amparadas e equipadas para tal contribuição.
As
experiências adquiridas na execução do Programa PIBID/Geografia, desenvolvido
primeiramente no âmbito da Universidade, através de reuniões semanais para
análises de conteúdos, metodologias e planejamento das atividades, levando para
o processo de execução um grande aporte técnico. A preparação da equipe de
bolsistas tem logrado êxito em suas pesquisas, pois, segundo Libâneo, (2004, p. 115) “A didática atual tem
se nutrido dessas investigações em busca de novos aportes teóricos para atender
a necessidades educativas presentes, especialmente as relacionadas com a
formação de professores”.
Os cursos de licenciaturas como espaço e projeto de
formação para a docência, tem a necessidade de ver a escola como espaço pleno
de formação, não só de profissionais para a educação, mas para a cidadania,
conjugando teorias com experiências vivenciais no âmbito da escola e no
feedback com a sociedade a qual se insere, nos viveres sócio-culturais,
profissionais e familiares, para Saviani, (2008, p. 98), “a escola tem uma função especificamente
educativa, propriamente pedagógica, ligada a questão do conhecimento é preciso,
pois, resgatar a importância da escola e reorganizar o trabalho educativo,
levando em conta o problema do saber sistematizado”, rompendo com as dicotomias
em níveis, séries e modalidades, que a priori, apresentam mais entraves a
sequencia do ensino aprendizagem do que motivação para a vida estudantil dos
educandos.
Nossa
experiência na formação para a docência, nos permite uma ampla reflexão obre o
papel das licenciaturas, a função e o desempenho do Estágio Supervisionado e as
propostas evidenciadas e em plena atividade pelo Programa PIBID, é que não
existem escolas ruins, existem escolas que não atendem à um padrão mínimo de qualidade,
expressando suas deficiências infraestruturais, materiais e
didático-pedagógicas.
A formação para a docência é também a formação
das iniciativas e da superação dos desequilíbrios, Libâneo (2004, p. 120 -121), afirma que;
O
papel do professor é o de organizar e estruturar corretamente a atividade de
assimilação do estudante, formulando objetivos a partir das ações que deve
realizar no marco das matérias de estudo e das funções que estas desempenham no
perfil profissional e no currículo, selecionando os conteúdos que assegurem a
formação dos conhecimentos e características da
personalidade
necessárias para a realização dos diferentes tipos de atividade,
organização
do processo de aprendizagem com base nos componentes funcionais da atividade:
orientação, execução e controle.
Teorias não geram experiências, e são nas experiências que se desenvolve
o olhar criativo do educador. Ao longo das últimas décadas, desenvolveu-se a falsa compreensão de que
Estagio Supervisionado, em sua ínfima relação com a prática pedagógica possa
gerar experiência mínima para o desempenho da prática da docência, longe de
atingir este objetivo ele tem se tornado o alvo das más experiências e da
frustração de vocações.
Para Modolo, (2007, p. 56), “A formação do
professor, dentro da concepção de educação comprometida com o processo social
requer um profissional com capacidade de inovação, de participação nos
processos de tomada de decisão, de vivência social e implementação da
cidadania”, ele precisa entender durante seu
processo de formação, que ele é o sujeito mais importante durante a construção
da aprendizagem, sendo portanto, fundamental que ele procure qualificar-se para
ser referência, para que os alunos possam construir seu conhecimento e suas
vivências ao lado e orientados por pessoas comprometidas com a educação, com a pesquisa
e principalmente com a formação de opinião.
Saviani, (2008,
p.7), nos alerta que;
o saber que diretamente interessa à educação é aquele que
emerge como resultado do processo de aprendizagem, como resultado do trabalho
educativo. Entretanto para chegar a esse resultado a educação tem que partir,
tem que tomar como referência, como matéria prima de sua atividade, o saber
objetivo produzido historicamente.
A
escola campo, tão importante na formação para a docência, não é um simples
laboratório e sim um complemento específico na formação para a docência, dada a
importância de sua participação neste processo, a parceria estabelecida através
do Programa PIBID, trás para
dentro da formação das licenciaturas a figura do professor Supervisor e toda
sua bagagem construída e acumulada diariamente na Escola Pública de Ensino
Fundamental e Básico. O fato é que a Universidade fora desta parceria, fica
distante deste celeiro de experiências pedagógicas, teorizando sobre eventuais
fatos e circunstâncias.
No laboratório produzem-se experiências ou
experimentos a partir de teorias, na escola campo as experiências já existem,
basta confrontá-las com as teorias que os bolsistas são habilmente treinados
para praticá-las, segundo Saviani
(2008, p. 93), “determinado reage sobre o determinante”. Se o processo de
formação estiver plenamente preparado para intervir será determinante e logrará
grande êxito, mas, caso não esteja plenamente preparado será determinado pela
desilusão e pelo pessimismo que contaminará o processo de formação, fatos muito
comuns nos Cursos de Licenciatura, nos dias atuais.
Considerações finais;
Na busca de compreendermos o processo de
formação profissional, confrontamos com a força vital e mediadora das teorias,
com a pujança do arcabouço teórico na concepção do saber, mas deparamos com a
necessidade do fazer. Ao sairmos do ambiente fraterno da formação teórica,
deparamos com as demandas sociais que nos fazem dobrar esforços para aproximar
da sociedade, nos leva a materializar nossas concepções de mundo, de ensino e
de cidadania.
A formação docente foi sendo distanciada
da realidade dos Sistema Público de Ensino, que foi abandonado pelas políticas
públicas governamentais que ensejaram outras prioridades nas últimas décadas,
aliás, Sistema Público de Ensino com qualidade nunca existiu no Brasil. Por
outro lado, a Universidade na busca da sua excelência teórica não implementa
políticas de aproximação com a escola básica, por ser esta um problema do
Estado e Municípios e “não” da Universidade.
O Estágio Supervisionado na formação
docente do licenciando foi sendo gradativamente descaracterizado, foi se tornando
ao longo das últimas décadas apenas uma satisfação pública à necessidade da
aprendizagem das práticas escolares. Sua desvalorização ocorre como reflexo
direto de todas as crises por que passaram os sistemas públicos de Ensino da
Escola Básica e a respectiva desvalorização política do magistério.
O Programa PIBID representa uma grande
alternativa de resgate das práticas educacionais na formação docente, pois é
preciso que o profissional da educação seja moldado para superar as
dificuldades que certamente serão encontradas no exercício da profissão, as
atividades que deveriam ser de estágio são melhor apresentadas, estruturadas e
executados por este programa, além da disponibilidade de bolsa incentivo que
leva o licenciando a disponibilizar tempo e dedicação ao Projeto.
Desvincular a execução do Programa do
sistema de carga horária do professor traz novas expectativas de trabalho,
estabelecendo diretrizes que ganham características próprias, dando um novo
conceito nas relações Universidade/escola campo, abrindo grande perspectiva por
investimentos federais na formação docente, com subsídios teóricos e
financeiros às atividades programáticas do Programa e da Universidade
Referências:
LIBÂNEO,
José Carlos, A aprendizagem escolar e a formação de professores na perspectiva
da psicologia histórico-cultural e da teoria da atividade. Educar, Curitiba, n.
24, p. 113-147, 2004. Editora UFPR.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras
aproximações. 10 ed. Campinas: Autores Associados, 2008.
MODOLO,
Camila Pilastri. A Gestão escolar democrática participativa e a ação docente.
UNESP – Campus Bauru, Bauru – SP. 2007.
[1]Bolsista
CAPES/PIBID/Universidade Estadual de Goiás/Quirinopolis – GO
2Professora
Especialista/Supervisora/Colégio Lauro Jacintho da Silva/Quirinópolis – GO
3Docente Doutor/Curso de Geografia/Universidade
Estadual de Goiás/Quirinópolis – GO.
4Docente Doutora
e Coordenadora de área/Geografia/Universidade Estadual de Goiás/Quirinópolis,
GO suelimarconn@yahoo.com.br

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